O Highly Available Storage (HAST) é outra ferramenta desenvolvida para FreeBSD que permite o armazenamento distribuído de dados em diversos equipamentos físicos de forma transparente utilizando o protocolo TCP/IP.
Trata-se de uma ferramenta que disponibiliza funcionalidades similares ao protocolo DRBD (Distributed Replicated Block Device) utilizado nas plataformas GNU/Linux. O HAST trabalha num modelo cliente/servidor, o que significa que o nó ativo é o que disponibiliza o acesso aos dados, encontrando-se os outros nós em standby. Este protocolo pode ser equiparado ao sistema de RAID 1 (mirror), mas neste caso, utilizando equipamentos interligados por rede (exemplo 1). [3]

Interligado com o CARP e o ZFS, o HAST torna-se um mecanismo fiável e de baixo custo para construção de soluções de armazenamento de alta disponibilidade.
O grande problema deste protocolo é um problema comum em todas as soluções redundantes, e reside no facto da falha de comunicação entre os equipamentos interligados. Neste terá lugar uma situação de split-brain, ou seja, ambas as máquinas tornam-se master, havendo necessidade da intervenção do administrador em casos mais críticos. Com vista a minimizar este problema recomenda-se a utilização integrada com o LAGG, com vista a reduzir a possibilidade de ocorrência de problemas ao nível da comunicação.
De forma a configurar o suporte de failover deverá ser implementado o protocolo CARP, com vista a monitorizar a respetiva interface e efetivar as alterações necessárias sempre que se verificar qualquer tipo de falha (Exemplo 2 – Configuração base do HAST failover).

De momento o HAST ainda se encontra em fase de desenvolvimento, encontrando-se limitado a 2 nós, e à utilização do método de sincronização fullsync, o que se apresenta atualmente como uma enorme limitação para a escabilidade da solução. No entanto, para grandes implementações, poder-se-ia substituir pelo DRDB (Distributed Replicated Block Device) ou pelo HAST interligado com o ZFS, mapeando pools definidas entre aglomerados de equipamentos, em modo RAID, permitindo construir enormes áreas de armazenamento partilhadas apesar das limitações atuais [3].

Como se encontra demonstrado na figura 1, é então possível ultrapassar as limitações atuais do HAST, criando discos virtuais que interligam máquinas duas a duas, e posteriormente aplicar a o sistema de ficheiros ZFS para gerar volumes agregados.
No exemplo 3 apresentam-se as configurações de 3 discos partilhados entre dois equipamentos, sobre os quais é construído uma pool em RAID com enorme enorme tolerância a falhas.

Interligado com sistemas de RAID por hardware, o HAST torna-se uma solução de elevada fiabilidade para pequenas e médias empresas, que não pretendam investir numa solução de armazenamento centralizado.